10 Curiosidades Históricas de Glória D’Oeste (MT) que Você Não Conhece
- Gutemberg de Oliveira e Araújo
- há 5 dias
- 2 min de leitura
Glória D’Oeste, um dos municípios mais jovens e interessantes do Oeste de Mato Grosso, guarda episódios surpreendentes — desde passagens indígenas e incursões militares até gestos pioneiros que ajudaram a erguer a cidade em meio a uma região isolada e carente de água. A seguir, conheça 10 curiosidades históricas fascinantes que revelam as origens desse município singular.

1. Terra dos Bororos Cabaçais antes da chegada dos colonos
Muito antes da formação do povoado, o território de Glória D’Oeste era habitado pelos indígenas Bororos Cabaçais, grupo que ocupava as áreas entre Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade, circulando pela antiga estrada colonial aberta pelos capitães-generais.
2. Os primeiros moradores fixos chegaram no início do século XX
Por volta de 1900, o casal José Jorge da Cunha e Benedita Oliveira Jorge foi o primeiro a se estabelecer de forma permanente no então ermo sertão do Rio Jauru, dando início à ocupação não indígena na região.
3. A linha telegráfica de Rondon cruzou a área em 1907
Em 1907, as terras foram cortadas pelo picadão da linha telegráfica implantada pelo Marechal Cândido Rondon, marco fundamental para a integração e comunicação do Oeste mato-grossense.
4. A Coluna Prestes passou pelo território em 1927
Uma curiosidade pouco lembrada: o local foi palco de travessia e combate da Coluna Prestes em 1927, às margens do Rio Jauru, quando o grupo revolucionário avançava rumo ao exílio na Bolívia.
5. O extrativismo da poaia marcou a economia até 1950
Até meados de 1950, predominou o extrativismo vegetal da poaia, planta medicinal muito valorizada, cuja exploração movimentou a economia sertaneja antes da chegada dos colonos paulistas.
6. A colonização organizada começou na década de 1960
A ocupação efetiva ocorreu por volta de 1965, quando Louristan Carlos Raymundi adquiriu e loteou 19 mil hectares da Gleba Caeté, localizada entre os córregos das Pitas e Caeté. Esse foi o ponto de partida da formação do povoado.
7. A primeira igreja surgiu com um gesto simbólico e uma cruz com mensagem
Segundo o livro Cruzeiro D’Oeste nos tempos de Glória, no dia 29 de junho de 1967, pioneiros ergueram um rancho de pau-a-pique, fincaram uma cruz e escreveram nela:“Salve Sua Alma”— um marco histórico que simboliza o nascimento da futura cidade.
8. A comunidade quase não tinha água — e uma nascente virou motivo de festa
Os primeiros colonos viveram grande sofrimento por causa da escassez de água. Poços raramente brotavam. Quando o primeiro poço artesiano deu água, “foi um alvoroço danado”, relata Cristina Maria Penso — a comunidade rezou até um terço ao redor do poço.
9. A economia agrícola durou apenas duas décadas
Entre as décadas de 1960 e 1980, predominou a agricultura familiar com culturas como arroz, milho, feijão, café e algodão. O ciclo agrícola durou pouco mais de 20 anos, sendo substituído pela pecuária como atividade principal.
10. O nome Glória D’Oeste foi escolhido por plebiscito
O povoado foi elevado a distrito em 1981 e emancipado em 20 de dezembro de 1991. Como já existia uma cidade chamada Cruzeiro do Oeste no Paraná, realizou-se um plebiscito, e o nome Glória D’Oeste foi o escolhido pelos moradores.



Comentários