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Padre Nazareno pode se tornar o primeiro santo de Mato Grosso

  • Foto do escritor: Oeste MT Urgente
    Oeste MT Urgente
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

A etapa marca um avanço decisivo rumo à canonização — processo que, se concluído, poderá reconhecer o sacerdote italiano como o primeiro santo ligado a Mato Grosso.


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Uma cerimônia realizada nesta quinta-feira (20), em Cuiabá, marcou oficialmente o avanço do processo de beatificação do padre Nazareno Lanciotti. Conhecido por dedicar sua vida ao combate às injustiças e por denunciar abusos de poder, o sacerdote italiano foi assassinado há mais de 24 anos, após ser baleado em Jauru (MT), município onde concentrou sua missão no Brasil.


O processo de beatificação foi autorizado pela Igreja Católica em abril deste ano, quando o papa Francisco deu aval para a abertura da fase que antecede uma possível canonização — etapa que, se concluída, poderá reconhecer Nazareno como santo.


A Santa Sé já havia autorizado, em 2007, a investigação sobre sua vida e sobre o martírio. Como o padre foi oficialmente reconhecido como mártir, sua beatificação dispensa a comprovação de milagre. Porém, para que a canonização seja realizada, é obrigatória a validação de um milagre atribuído à intercessão do sacerdote.


O arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio, afirmou que o reconhecimento representa um marco para a história da Igreja em Mato Grosso e para a trajetória de Nazareno.“É um processo de reconhecimento da santidade das pessoas, da vivência do Evangelho e do compromisso com a dignidade humana”, destacou.


Nascido em março de 1940, na Itália, Nazareno foi ordenado sacerdote em 1966. Após atuar por alguns anos em Roma, conheceu a Operação Mato Grosso e, em 1971, chegou ao estado. Segundo o portal de notícias do Vaticano, o padre fundou 57 comunidades eclesiais rurais. Em 1987, ingressou no Movimento Sacerdotal Mariano, sendo posteriormente nomeado diretor nacional no Brasil.


Entre suas obras, estão a criação da casa de repouso para idosos “Coração Imaculado de Maria”, um seminário, uma escola e um hospital.

Em 2001, foi atacado dentro de casa por dois criminosos encapuzados enquanto jantava com colaboradores. Baleado, ficou internado por 11 dias, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo aos 61 anos.


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