top of page

PF prende Bolsonaro preventivamente por ordem de Alexandre de Moraes

  • Foto do escritor: Oeste MT Urgente
    Oeste MT Urgente
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Condenado a 27 anos de prisão, o ex-presidente cumpria regime domiciliar desde 4 de agosto


ree

A Polícia Federal prendeu preventivamente Jair Bolsonaro (PL), 70, na manhã deste sábado (22), em Brasília. O ex-presidente, condenado a 27 anos e três meses de prisão, estava em regime domiciliar desde 4 de agosto e foi detido após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sob a justificativa de garantir a ordem pública.


A medida foi motivada, entre outros fatores, por uma vigília convocada para a noite deste sábado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. No despacho, Moraes apontou risco de fuga para a embaixada dos Estados Unidos e possível violação da tornozeleira eletrônica durante a madrugada.


O ministro determinou ainda que não houvesse uso de algemas nem exposição midiática. A PF chegou ao endereço de Bolsonaro por volta das 6h, em um comboio de ao menos cinco veículos. Cerca de 20 minutos depois, ele foi levado para a Superintendência da PF, onde permanecerá preso, em uma sala com cama, mesa e banheiro privativo. A defesa foi procurada, mas não se manifestou.


Segundo aliados, Bolsonaro chorava em alguns momentos, mas se mostrava sereno durante a prisão. Em rede social, Fabio Wajngarten, ex-chefe da Comunicação do ex-presidente, classificou a ação como “inacreditável” e “vergonhosa”, citando o estado de saúde de Bolsonaro.


Além da pena imposta por tentativa de permanecer no poder por meios ilegais — a primeira condenação desse tipo a um ex-presidente na história do país — o STF também o considerou culpado por organização criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.


O regime inicial de cumprimento da pena deve ser fechado. A condenação total poderia chegar a 43 anos. Todos os réus do núcleo central da trama golpista — ex-integrantes do alto escalão do governo — também foram condenados, com penas entre 2 e 26 anos, além de ficarem inelegíveis por oito anos após o fim da pena.


Com a nova condenação, Bolsonaro permanece inelegível até 2060. Ele já estava impedido de disputar eleições até 2030 por decisões da Justiça Eleitoral.


Na sexta-feira (21), a defesa pediu ao ministro Alexandre de Moraes que Bolsonaro continuasse em prisão domiciliar, alegando problemas de saúde e “risco à vida”. Eles solicitaram que o ex-presidente permanecesse em casa, onde cumpria o regime desde agosto.


Comentários


bottom of page